Não tenho palavras para descrever minha felicidade com o evento por mim organizado, com a ajuda da Renata, para o cliente Sony Pictures Home Entertainment, no Espaço Unibanco, em SP. Foi muito empenho, dedicação, suor, correria, estresse, mas valeu demais à pena!!!
Ver pessoas com deficiência visual curtindo o filme Chico Xavier na tela do cinema, com audiodescrição, não tem preço! Receber parte do elenco lá, prestigiando o evento, então, também não tem preço. Ter o reconhecimento... também não tem preço.
Agora, encerrar o Jornal Nacional com uma linda reportagem, chamada de bloco e comentários entusiasmados dos apresentadores... aí sim, SEM COMENTÁRIOS...
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2010/07/sessao-de-cinema-para-cegos-mexe-com-imaginacao-dos-que-nao-podem-enxergar.html
Depois de tudo isso, tenho certeza de uma coisa: "Tem um (BANDO) espírito amigo aqui". Pode apostar!!!!
domingo, 1 de agosto de 2010
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Fernanda,
ResponderExcluirFoi mais que perfeito!
Cinco anos atrás, quase caí de costas quando conheci pela primeira vez a audiodescrição por meio do DVD do filme Irmãos de Fé, também da Sony.
Ontem a emoção foi ainda maior! Ver aquele monte de gente com suas bengalas-guia ou seus cães-guia animadíssimos antes do início da apresentação do filme, e ver todos eles emocionadíssimos depois da apresentação do film; não apenas pelo filme em sí que é maravilhoso, mas também com a oportunidade que tiveram de assistí-lo compreendendo na íntegra, sem a necessidade de atrapalhar ou incomodar ninguém toda hora perguntando: o que aconteceu nessa cena(?), o que aconteceu na outra cena(?); ou pior ainda, ficando sem entender nada de muitas cenas porque sempre tem aqueles chatos fazendo "psiu", pedindo para quem está nos acompanhando no cinema ficar quieto...
Menos de um minuto depois de terminar a matéria do JN, o telefone de casa começou a tocar sem parar. Familiares, amigos, outras pessoas do movimento de luta pela implementação da audiodescrição no Brasil ligando para parabenizar a Sony por mais esta iniciativa.
Sim, com certeza valeu toda sua correria, preocupação, desgaste físico e emocional. Esteja certa de que hoje tem muita gente comentando sobre seu trabalho e da Sony, mesmo sem saberem que boa parte da felicidade que desfrutaram ontem deveu-se a você e a Renata.
PARABÉNS! um milhão de vezes...
Um grande abraço para você, e um beijão no "anjinho" que já pode ter a mãe inteirinha de volta mais tranquila...
Sou cego, fui o primeiro cego jurado de um festival de cinema internacional, o "Festival de Cinema Assim Vivemos". Quando fui convidado não sabia ao certo o que era audiodescrição. Quando assisti o primeiro filme para julgar, um premiadísssimo filme americano sem diálogos, vozes ou som ambiente, só com uma musica americana discreta de fundo e acabei o filme entendendo tudo, chorei. Vi o futuro das pessoas com deficiências visuais como eu nas salas de cinema comerciais, nas TVs, nos teatros, nos eventos que eu participava tanto como palestrante ou ouvinte, mas com mil slydes sem significado para mim... agora sendo audiodescritos.... Chorei porque chorar faz bem e faz melhor ainda quando é por causa da abertura de uma arte, a arte das imagens, onde uma só delas vale mais que mil palavras, estarem saindo do escuro com cores claras para mim. Mas não eram as cores narradas, porque o filme que mais me impressionou na vida foi o "Sétimo Selo", de Bergman, que assisti antes de perder a visão aos 21 anos. O filme que mais me impressionou era em preto e branco... e cinzas. Em cinzas ficaram o meu adeus às imagens que agora, com a audiodescrição, estão cada vez mais claras, mais nítidas, mais profissionais... Chamam-me de MAQ, proveniente do meu nome, Marco Antonio de Queiroz. Naquele dia, do meu primeiro filme, e logo como jurado, não tive condições de julgar seu conteúdo. As emoções brotavam, fiquei com um sorriso bobo nos no rosto, que ficou sendo conhecido como "o sorriso bobo do MAQ", porque é o sorriso de todos os que como eu, que não enxergam, ficam ao ver que estão vendo. A audiodescrição nunca substituirá a visão que perdi aos 21 anos, mas não chorei e, ao mesmo tempo, fiquei com um sorriso bobo no rosto.... uma tela dentro de mim se abriu e hoje luto por ela, porque quero que todos que possuem os meus limites vejam o que eu vi.
ResponderExcluirObrigado.
MAQ - www.bengalalegal.com